Hoje é dia de batucada

Hoje é dia de batucada
Umbandistas celebram os 104 anos da religião com diversas giras pela cidade
Clarissa Monteagudo
Tem atabaque, tem sim senhor; E banhos de ervas, cânticos, flores e louvores para os santos e orixás. Há exatos 104 anos, durante uma reunião espírita, nasceu a umbanda. A crença floresceu na casa do médium Zélio de Moraes, em Neves, São Gonçalo. O imóvel foi destruído em outubro de 2011, mas a memória da religião está viva nas várias celebrações pelo Rio e pela Baixada.
Às 15h, na Casa de Cláudia (Rua Maria Emília, 136, em São João de Meriti), o Movimento Umbanda do Amanhã (Muda) realizará urna celebração especial em comemoração ao Dia Nacional da Umbanda, comemorado hoje. A data foi instituída em maio pela presidente Dilma Rousseff, através d a Lei 12.644. Para o presidente do Muda, Marco Xavier, a união dos religiosos é fundamental para mostrar a real face da umbanda à sociedade:
- Nossa religião tem o DNA do Brasil- define.

MISSÃO ESPIRITUAL
Presidente da Congregação Espírita Umbandista do Brasil, Mãe Fátima Damas promoverá, segunda-feira, uma sessão em homenagem ao Caboclo das Sete Encruzilhadas no Templo Umbandista Vovó Maria Conga do Congo, às 16h, no Estácio (Rua Sampaio Ferraz 29).
A sessão começa com um defumador, para a limpeza com ervas. Nessa hora, fazemos cânticos, pedindo aos espíritos que afastem energias negativas. Depois, faz-se uma prece, as louvações, que são cantigas em homenagem a orixás e às entidades, e cantamos o hino da umbanda. Em seguida, começamos a fazer a concentração para as entidades trabalharem. Elas dão atendimento espiritual às pessoas. Atendem a todos, com o mesmo carinho.
Fátima ressalta a diferença entre as entidades da umbanda e os orixás, que nasceram da tradição africana e são cultuados também no candomblé.
- Os orixás são forças da natureza. As entidades tiveram vida na Terra como nós, mas não foram, necessariamente, escravos ou índios. O próprio Caboclo das Sete Encruzilhadas nunca