Hobbes x maquiavel
Em sua teoria, Hobbes analisa que todo homem é potencialmente uma ameaça a outro homem, desse conceito vem sua célebre frase: “homo homini lupus”. Ela diz que o homem é o lobo do homem, pois mesmo que a sociedade tenha como objetivo a preservação à vida, ainda ocorrem muitos objetivos distintos. Para promover uma regulação que mantenha o respeito e a ordem, cabe decidir quem promoverá essa regulação. Essa disputa que engloba grupos de indivíduos, e que também vê nessa dominação uma defesa contra a dominação de outrem, é o que caracteriza a sociedade civil. Nessa sociedade, há uma convivência tolerável entre os indivíduos, fugindo de um estado de guerra generalizada de todos contra todos, evidenciando a necessidade de criação do Estado, a partir de um contrato social que visa à abdicação do poder ilimitado de cada um e um redirecionamento desse poder para manter a ordem. Segundo Hobbes, quando os homens viviam no Estado da natureza em que eram todos iguais e com os mesmos direitos, cada um fazia o que queria sem se importar com as consequências dos seus atos em relação aos outros. Havia egoísmo e guerra de todos contra todos e dessa forma acabava gerando uma situação de pobreza e miséria generalizada. O medo da morte fez com que os homens resolvessem estabelecer um contrato social passando a viver sob a lei. Sem haver resistência, eles acabaram se submetendo a um soberano, o qual seus direitos foram assim resguardados e desta forma se formou um conceito de cidadania.
Outro teórico importante é Nicolau Maquiavel. A política na sua visão era única: conquistar e manter o poder ou a autoridade. A moral e a religião, que eram associados à política nada tinham a ver com este aspecto fundamental, fora nos casos em que a moral e a religião ajudassem na conquista e na manutenção do poder. Para ele, o que confere valor a uma religião não é a importância de seu fundador, o conteúdo dos ensinamentos, a verdade dos dogmas ou