HISTÓRICO Pc
A Paralisia Cerebral (PC) foi descrita em 1843, quando Willian John Little estudou 47 crianças, portadoras de rigidez espástica. O termo “Paralisia Cerebral” foi introduzido por Freud, em 1853, que unificou as diversas manifestações clínicas da Paralisia Cerebral numa única síndrome.
Phelps generalizou o termo PC para diferenciá-lo do termo paralisia infantil, causado pelo vírus da poliomielite. Little (1862) acreditava que a etiologia nos casos descritos estava ligada a circunstâncias adversas ao nascimento e suas pesquisas biomecânicas investigaram se os padrões básicos para realizar certos atos cotidianos, como andar, pegar objetos, estão presentes na criança com PC, visto que a presença ou ausência, na época do nascimento, possivelmente tem relação com idade gestacional na qual ocorre a lesão do cérebro.
Nas últimas décadas, trabalhos científicos sinalizam que os fatores de risco maternos ou problemas nas gestações contribuem para o trabalho de parto complicado, levando a uma anóxia perinatal e/ou índice de Apgar baixo, com um quadro de encefalopatia hipóxico-isquêmica, que é uma das principais causas de PC.
DEFINIÇÃO
Diversos autores, com o passar dos anos, buscaram definir a Paralisia Cerebral de forma a caracteriza-la da melhor forma possível para que não seja erroneamente confundida com outra patologia.
Bax (1864), definiu Paralisia Cerebral, como uma desordem do movimento e da postura devido a um defeito ou lesão do cérebro imaturo.
Para Nelson (1980), a Paralisia Cerebral pode ser considerada uma encefalopatia estática, sendo um distúrbio não progressivo da postura e do movimento que pode associar-se à epilepsia, a anormalidades da fala e da visão e também a alterações intelectuais.
Bobath (1984) caracterizou este distúrbio como sendo uma lesão que afeta o cérebro imaturo e interfere com a maturação do sistema nervoso central, trazendo conseqüências específicas em termos do tipo de Paralisia Cerebral que se desenvolve,