HISTÓRICO MUNICIPIO GETULIO VARGAS
Histórico
O início do povoamento da atual sede de Getúlio Vargas deu-se pelo ano de 1908, tendo passado à categoria de vila e, ao mesmo tempo, sede de município. Contudo no interior do município de Getúlio Vargas e arredores, especialmente em direção à Quatro Irmãos, expressivo contingente de pessoas provenientes das áreas de fronteira do Rio Grande do Sul e do interior do Estado de São Paulo, já se faziam presentes à gerações. A principal fonte econômica, estava calcada na comercialização de gado proveniente principalmente da fronteira do RS, que passava no interior de Getúlio Vargas, com destino à Sorocaba, Itapetininga, Piracicaba entre outras, de onde se destinavam à abastecer o Estado de São Paulo. A construção do ramal ferroviário entre Marcelino Ramos e Passo Fundo no final do século XIX e início do século XX, atraiu a escassa mão de obra regional para realização da construção da estrada, como famílias de negros ex-escravos e então recentemente libertos pela Lei Áurea, peões de estâncias e indígenas (Caigagues e Guaranis), dos quais em parte vinham de aldeias então existentes no "antigo" município de Nonoai, e também das regiões do Oeste de Santa Catarina e Sudoeste do Paraná (áreas que pertenciam à Argentina), as quais recentemente haviam sido incorporadas ao território brasileiro por meio do "Laudo de Cleveland sobre Misiones". Os ex-trabalhadores (negros e indígenas), em grande parte permaneceram em Getúlio Vargas e Região, pode-se encontrar tais remanescentes (negros) em áreas urbanas, em bairros como o antigo Bairro Costaneira e nos atuais Bairro Navegantes, Montes Claros, XV de Novembro em Getúlio Vargas, também no bairro São José em Estação e em bairros de Erebango e Sertão. Os ex-trabalhadores indígenas da estrada de ferro, também chegaram a fundar uma pequena comunidade (rural) às margens da estrada de ferro (atual Ventára), em terras de propriedade da companhia inglesa que recebeu áreas de 10 KM em cada lado