Histórico, legislação EJA
Fazendo um breve resumo da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil constatamos que no período colonial a educação era privilégio das classes alta e média. Com os jesuítas ocorreu a educação que era voltada principalmente para a divulgação da fé cristã. Não havia iniciativa por parte dos governantes. Com a expulsão dos jesuítas pelo Marquês de Pombal a educação em geral foi relegada a um segundo plano. Após a proclamação da Independência do Brasil foi ofertada a instrução para todos os cidadãos no entanto, mais uma vez as classes menos favorecidas não foram contempladas.
Rui Barbosa já demonstrava interesse em oferecer uma educação para todos os cidadãos brasileiros isso no longínquo ano de 1882. Getúlio Vargas foi o presidente que mais tempo governou nosso país (cerca de 18 anos). Em 1937 impôs o regime ditatorial intitulado Estado Novo que destituía o governo da obrigação com a educação. Valorizou os cursos profissionalizantes para fornecer mão-de-obra à indústria emergente. Na contramão do pensamento de Getúlio Vargas encontramos o educador Paulo Freire que acreditava em uma educação libertadora, que fosse relacionada com a realidade do educando e que ajudasse a desenvolver seu senso crítico (coisa que não interessa a nenhum governo). No tenebroso período intitulado Regime Militar tivemos a criação do MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização) visando implantar uma educação para jovens e adultos. Vejamos o que diz essa pesquisa sobre o tema:
“O MOBRAL foi uma iniciativa pensada e elaborada pelo regime militar vigente no Brasil (1964 – 1985), com a finalidade de defender seus interesses, enquanto classe dominante. Sob a máscara de erradicação do analfabetismo, sua preocupação era somente fazer com que seus alunos aprendessem a ler e escrever, sem uma preocupação maior com a formação do