HISTÓRICO DO CASO EMMY VON N.
Emmy Von N, pseudônimo de Fanny Moser, mulher de 40 anos, branca, iniciou tratamento em maio de 1889. Paciente no qual Freud afirma ter usado o método catártico pela primeira vez. 13ª de 14 filhos, dos quais somente 4 restaram. Sua criação havia sido rígida. Casou-se aos 23 anos com um homem mais velho e de posses, tornando-se viúva após o nascimento da segunda filha. Ouviu todo o movimento de pessoas para auxiliar o marido no momento em que falecia, o que a mobilizou muito. A família a culpava pela morte do marido, o qual ela acreditava estar sendo enterrado vivo, por ter sido tudo tão repentino. O bebê ficou doente até os seis meses e a mãe também teve problemas de saúde. Rejeitava a criança recém-nascida que chorava e a culpava por não ter podido cuidar do marido, “evitando” sua morte. A criança, nessa época, apresentou paralisia em uma das pernas. Falou e andou tardiamente, sendo considerada idiota e teve visões aos 4 anos de idade. A filha mais velha teve problemas menstruais e reversão no útero; tinha o mesmo nome da mãe, bem como algumas conversões histéricas iguais a da genitora. Na época do tratamento da mãe, as meninas tinham 14 e 16 anos. Após o falecimento do marido, Emmy manteve-se doente. Sentia muitas dores realizando tratamentos hidroterápicos e massagens. Havia 4 anos que os sintomas reduziram, mas não cessaram. Freud começa a tratá-la e sugere que ela se retire para um hospital, de modo a ficar longe das filhas (as meninas tinham quem cuidasse delas). Emmy tinha falhas na fala e gaguejava, fazia estalidos com a boca e contorcia sobretudo o pescoço e o rosto; os dedos se entrelaçavam e ela também apresentava tremores. Interrompia a fala e falava de forma ríspida: “Não me toque.”, “Fique quieto.”, “Não diga nada.” E retornava a conversar normalmente, o que fazia Freud acreditar que ela nem mesmo se dava conta do que fazia. Assustava-se com a entrada de pessoas no mesmo cômodo que ela e sentia dores e frio