Histórico de detergentes
O sabão foi o primeiro detergente inventado pela humanidade. Há registros históricos de seu uso na Mesopotâmia, há mais de 2000 a.C. O nome sabão, segundo uma antiga lenda romana, teve origem em um lugar chamado Montanha “Sapo”. Nessa montanha, animais eram sacrificados e, quando chovia, a água descia pela montanha carregando a gordura e as cinzas dos animais mortos até à barrenta beira do rio Tiber. As mulheres da época descobriram que esfregando esta mistura nas roupas a sujeira saía com maior facilidade. O sabão é geralmente produzido pelo aquecimento de óleos vegetais e animais, misturados com um álcali (soda cáustica). Já nos primeiros anos da era cristã, os gauleses ferviam sebo e cinzas para fabricar uma forma primitiva de sabão. Conhecido pelos romanos e fenícios como um artigo de luxo na Idade Média, o sabão tornou-se produto de uso generalizado a partir do século XIX. Em 1890, o químico alemão A. Krafft observou que pequenas cadeias de moléculas ligadas ao álcool funcionavam como sabão. Krafft produziu o primeiro detergente do mundo. Mas a novidade não passou na época de uma curiosidade química. Durante a Primeira Guerra Mundial, o bloqueio dos aliados cortou o suprimento de gorduras naturais, utilizadas para produzir lubrificantes. As gorduras de sabão foram substituídas e o produto tornou-se um artigo raro no país. Outros dois químicos alemães, H. Gunther e M. Hetzer, retomaram as pesquisas de Krafft e lançaram em 1916 um detergente com fins comerciais, o Nekal, que, acreditavam, seria usado apenas nos tempos de guerra. Mas as vantagens do detergente sintético sobre o sabão foram aparecendo. O sabão reage com minerais e ácidos presentes na água, formando moléculas insolúveis que se recusam a ser enxaguados novamente. A partir de 1920 toda a lavagem de roupas passou a ser feita com sabão esfarelado. O sabão em barra passou a ser cortado, aparado e dissolvido em água quente a cada lavada. Em 1930 alguns fabricantes