história
Planta da cidade do Rio de Janeiro em 1867
Após a Independência do Brasil em 1822, a cidade continuou como capital do país, enquanto a província do Rio de Janeiro enriqueceu com a agricultura canavieira da região de Campos e, principalmente, com o novo cultivo do café no Vale do Paraíba. De modo a separar a província da capital do Império, a cidade foi convertida, no ano de 1834, em Município Neutro, passando a Província do Rio de Janeiro a ter Niterói como capital.
Na segunda metade do século 19, a cidade crescia em ritmo acelerado, com as edificações utilizando madeira amplamente.7 Com incêndios causando transtornos na cidade, foi criado, em 1855, o Corpo de Bombeiros.7
A baía de Guanabara em 1885. À esquerda, a Ilha Fiscal.
Como centro político do país, a cidade concentrava a vida político-partidária do Império. Foi palco dos Movimentos Abolicionista e Republicano.
Período republicano
Com a Proclamação da República Brasileira em 1889, a cidade passou a enfrentar graves problemas sociais advindos do crescimento rápido e desordenado. Com o fim do trabalho escravo em 1888, a cidade passou a receber grandes contingentes de imigrantes europeus e de ex-escravos, atraídos pelas oportunidades que ali se abriam ao trabalho assalariado. Entre 1872 e 1890, sua população duplicou, passando de 274 mil para 522 mil habitantes.
O aumento da pobreza agravou a crise habitacional, traço constante na vida urbana da cidade desde meados do século XIX. O epicentro dessa crise era ainda, e cada vez mais, o miolo central – a Cidade Velha e suas adjacências –, onde se multiplicavam as habitações coletivas e eclodiam as violentas epidemias de febre amarela, varíola e cólera-morbo, que conferiam, à cidade, fama internacional como "porto sujo".
Muitas campanhas de erradicação perpetradas pelos governos da época não foram bem recebidas pela população carioca. Houve várias revoltas populares, entre elas, a Revolta da Vacina, de 1904, que também teve como