História
Cerca de 3% da população rural detém, aproximadamente, 43% das terras agrícolas disponíveis. Nessas imensas fazendas, há dezenas de milhares de hectares de terras que não são aproveitadas. A concentração da terra no Brasil vem desde o período colonial, quando os representantes do governo português favoreciam poucas pessoas, concedendo-lhes grandes áreas rurais destinadas à construção de engenhos, fazendas de gado ou outros estabelecimentos. Como se deu a implantação dos engenhos no Brasil? Quais os interesses envolvidos nesse empreendimento?
Açúcar e Escravos A implantação de um negócio lucrativo
Para garantir a posse da terra, protegendo-a de ameaças, Portugal decidiu colonizar o Brasil. Mas para isso, seria preciso desenvolver uma atividade econômica lucrativa que compensasse o empreendimento. A solução foi implantar a produção açucareira, já que o açúcar era amplamente consumido na Europa.
Os motivos que levaram a Coroa portuguesa a tomar essa decisão foram:
• Condições naturais favoráveis;
• Experiência portuguesa anterior;
• Lucros;
• Produção e distribuição comercial.
Os estabelecimentos onde se produzia o açúcar eram chamados engenhos.
As duas construções mais características dos engenhos eram a casa-grande e a senzala.
A casa-grande era um casarão térreo, onde morava o senhor de engenho sua família, além de capatazes que cuidavam de sua segurança pessoas. Era também o centro administrativo do engenho.
A senzala era uma construção onde habitavam escravos africanos e seus descendentes, alojados de madeira bastante precária.
Além das moradias das famílias de senhores e escravos, havia construções reservadas propriamente à produção: a casa do engenho, com instalações como a moenda e as fornalhas; a casa do purgar, onde o açúcar, depois de resfriado, era branqueado;