História

suportes para a introdução do debate sobre a necessidade da preservação das culturas e do planeta, a começar pêlos espaços da escola e de seu entorno. Nessa linha de abordagem, sugerimos a criação de produções textuais, desenhos, caça-palavras, anagramas, maquetes, adaptação de jogos de memória e de dominó apropriados às menores faixas etárias. A concepção de games digitais por adolescentes e jovens que têm acesso à informática também pode se transformar numa atividade lúdica saudável.
Mais adiante, propomos leituras dirigidas e discussões acerca de fragmentos de matérias publicadas em revistas especializadas ou jornais nacionais e locais. Essas atividades, antes de informar o educador, certamente oferecem o embasamento necessário para que ele desenvolva o exercício crítico e manuseie instrumentos que facilitem o exercício de seu ofício e a confecção de seus planos de aula. A responsabilidade dos profissionais da educação e as abordagens comprometidas com o social, como bem o lembram os autores Leandro Karnal5 e Carla Bassanezi Pinsky6, convertem-se a um só tempo num convite e num desafio para a compreensão dos problemas do nosso tempo. Ademais, o mergulho prazeroso na imensa seara que envolve o trato dos bens culturais e naturais induzirá os leitores a desvendar alguns mitos que se criaram em torno das acepções de inventário, tombamento, conservação integrada, preservação, reabilitação, revitalização, desenvolvimento sustentável, efeito estufa e aquecimento global. Sem dúvida, o contato dos estudantes com a cultura material e os bens imateriais, paisagísticos e ambientais de suas comunidades promoverá maior interesse pela história de nosso país e o respeito pela diversidade de nosso património7, contribuindo para aguçar a "consciência da salvaguarda".

5 Leandro Karnal, História na sala de aula (São Paulo: Contexto, 2004).
6 Carla Bassanezi Pinsky, Fontes histórias (São Paulo: Contexto, 2005).
; Sandra C. A. Pelegrini e Pedro Paulo Funari, O que é