História e evolução do rap
Criado nos Estados Unidos, o rap é uma abreviatura para rhythm and poetry (ritmo e poesia) e nasceu no meio de comunidades negras. Tem-se caracterizado pelo ritmo acelerado e pela melodia bastante singular que por vezes é inóspita e agressiva que é muito característica do estilo. As longas letras são quase recitadas e tratam em geral de questões quotidianas da comunidade em questão, servindo-se muitas vezes das gírias correntes nos subúrbios das grandes cidades. A característica que salta à vista é que as letras são sempre em rima, proferindo a prosa para segundo plano.
Uma versão mais aprofundada diz que o rap surgiu na Jamaica mais ou menos na década de 60 quando surgiram os "Sound Systems", que eram colocados nas ruas dos guetos jamaicanos para animar bailes. Estes bailes serviam de fundo para o discurso dos "toasters", autênticos mestres de cerimónia que comentavam, nas suas intervenções, assuntos como a violência nas ruas e a situação política da Ilha, sem deixar de falar, é claro, de temas mais prosaicos, como drogas e outros perigos e males da sociedade de então.
No início da década de 70 muitos jovens jamaicanos foram obrigados a emigrar para os EUA, devido a uma crise. Foi então que o estilo foi parar a Nova Iorque por meio dos "Sound Systems" e do canto falado, que se sofisticou com a invenção do scratch posteriormente.
O primeiro disco de Rap que se tem notícia, foi registado em vinil e dirigido ao grande mercado (as gravações anteriores eram piratas) por volta de 1978, contendo a célebre "King Tim III" da banda Fatback.
A cultura em Portugal chegou por volta da década de 80. Primeiro invadiu os subúrbios mas depressa se generalizou. Saído dos cinemas americanos, o rap chegou a Portugal e infiltrou-se em cidades grandes, como Lisboa e do Porto. Zonas como Chelas, Amadora, Cacém, e Margem Sul do Tejo foram consideradas o berço deste movimento.
Foi com a colectânea Rápublica lançada pelos Black Company em