História do Teatro Municipal de São Paulo
Em 12 de setembro de 1911, um sonho foi realizado. A cidade de São Paulo ganhara, finalmente, um teatro municipal. Mas não era qualquer teatro, e sim um centro cultural que, na época, arrancou aplausos de todos, dos amantes aos críticos de arte, dos paulistanos e também dos turistas. A arquitetura ousada, inspirada nos movimentos renascentista e barroco, posicionaram o Theatro Municipal como um dos principais edifícios do gênero no país. Era um desejo antigo da população, que desde 1898 estava órfão de um grande complexo cultural. O Teatro São José, na Praça João Mendes, era o ponto de encontro da época, mas foi vítima de um incêndio que destruiu não só sua estrutura, mas também o desejo dos paulistanos de conferirem importantes manifestações artísticas. Não se tratava apenas de cultura, e sim de glamour, de integração com o alto escalão da cidade. Da sensação de ter um passatempo até então desfrutado com requinte apenas no continente europeu. Da apresentação de Hamlet, de Ambroise Thomas, em sua estreia, à fatídica Semana de Arte Moderna de 1922, o Theatro Municipal se destacava em meio a uma região gloriosa, repleta de atrativos, como a Catedral Metropolitana (Praça da Sé) e a Estação da Luz. O tempo passou, as visões de mundo mudaram, mas o teatro seguiu como principal casa de espetáculos da cidade. A fama do espaço correu o mundo, incentivando artistas renomados a cravaram seu nome na programação – e a pessoas se enfileirarem em busca de ingressos. É neste momento que São Paulo passa a fazer parte do calendário de cultura do mundo. As reformas
Veio então a primeira grande reformulação do teatro, em 1952. Após dois anos de recesso, o Theatro Municipal reinaugurou e mostrou à cidade uma faceta moderna, fruto da aparente necessidade de evolução que reinava na sociedade. Em meados de 1981, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico tombou o Theatro Municipal, tornando-o parte do Patrimônio Histórico do