HISTÓRIA DO SETOR CALÇADISTA
A preocupação com os calçados acompanha a humanidade desde a pré-históricos. Em muitas culturas ou sociedades, os calçados representavam indicadores de posição social e status econômicos. Até mesmo hoje os pés são além de um referencial estético, uma área de grande sensualidade em todas as culturas.
As atividades do setor calçadista no Brasil se iniciaram no século 19. Imigrantes alemães e italianos implantaram, sobretudo no Rio Grande do Sul, muitos curtumes aproveitando a grande oferta de matéria-prima, o couro cru, na região.
Existem vários indícios de que a produção em fábricas teria se iniciado na primeira metade da década de 1870. Esse movimento foi impulsionado pela introdução da máquina de costura.Todavia, a indústria calçadista nacional ainda continuou a apresentar fortes características artesanais.
O primeiro período de dinamismo tecnológico na indústria (1860/1920) foi proporcionado pela introdução de avanços tecnológicos oriundos da Europa no final do século 19. Esta introdução transformou o sistema artesanal de produção em atividade fabril. (SEBRAE, 2012).
Sofreu um período de estagnação entre 1920 e 1960, passando a se desenvolver a partir da I Grande Guerra que movimentou a exportação da indústria de calçados, e ganhando ainda mais força na II Guerra Mundial, devido ao fornecimento de coturnos para os exércitos brasileiro e venezuelano.
Na década de 70, o calçado brasileiro passou a ter expressiva importância na pauta de exportações nacionais [...]. O grande avanço tecnológico do setor verificou-se na área de máquinas para produção de calçados esportivos, sendo que na área de calçados de couro não foram verificadas alterações relevantes na década de 80. (SEBRAE, 2012). A partir daí o setor só veio a se desenvolver, se tornando importando economicamente para o país.
O varejo de calçados representa algo em torno de 1,5% do total de lojas de varejo e é um segmento que tem uma dinâmica muito