História do serviço social no brasil
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Neste momento em que eclodem as mobilizações da classe operária, a Igreja Católica estabelece uma aliança com o Estado e o empresariado no enfrentamento da “questão social”, embora estes tivessem seus interesses particulares. Além disso, segundo Iamamoto (2007), a Igreja Católica também procurava recuperar suas áreas de influência e privilégios perdidos, partindo da crescente secularização da sociedade e inúmeras tensões com o Estado fazendo assim a Igreja começa um processo de recristianização da sociedade através de grupos sociais básicos, principalmente a família; e sendo contra o socialismo, deixa de opor-se ao capitalismo e organiza curso de aperfeiçoamento de Serviço Social de laicato. O Serviço Social, sob influência européia, aparece com roupagem diferente da caridade, pois trabalhava no aparelho do Estado e em entidades filantrópicas do empresariado. Propunha ações educativas junto à família operária, de modo a prevenir sobre os “problemas sociais”. Segundo MARTINELLI a questão social, nesse enfoque era vista de forma bastante reducionista, como manifestação de problemas individuais, passíveis de controle, através de uma prática social cada vez mais nitidamente concebida como uma atividade reformadora do caráter. (MARTINELLI, 2001, p.114). Apesar de a burguesia tomar a mulher como “ente do lar”, esta incentivava que suas mulheres e filhas participassem dos cursos de formação profissional de agentes sociais, pois estava atemorizada com os avanços do proletariado.
O Estado promulgava medidas de políticas sociais no sentido de conter os problemas existentes e como uma forma de enfrentamento das múltiplas expressões da questão social e adotava medidas de centralização politico-administrativa, dando condições para a expansão e a acumulação capitalista. Dessa forma, no Brasil, a ação social do Estado foi uma das respostas às questões sociais, representada pela pobreza operária. No desenvolvimento da