História do direito na grécia antiga
INTRODUÇÃO
Na Grécia Antiga desenvolveram-se as primeiras especulações de caráter eminentemente filosófico de que se tem notícia. Sabe-se que o legado das gentes da Hélade à formação do Pensamento Ocidental é de difícil mensuração.
No campo da política, Atenas foi à responsável imediata por ter presenteado o mundo com o germe da democracia. As obras de pensadores gregos da estirpe de Platão e Aristóteles se tornaram, por assim ser, a referência intelectual para as gerações vindouras. Nesse sentido, deve-se desde logo admitir que a inquietação pelo saber marcou profundamente o espírito desta civilização.
A busca apaixonada pelo conhecimento assinalou sobremaneira a orientação cultural da nação helênica. Não por acaso, os gregos se acharam superiores aos demais povos, os quais eram rotulados de "bárbaros".
Todavia, não se deve jamais perder de vista o fato de que o universo helênico era composto por inúmeras cidades-estado (polis) independentes.
A formação do cosmopolitismo grego é o resultado direto de um processo lento e gradual de sedentarização surgido em função da desintegração dos sistemas clânicos. Do Período Micênico (1500 – 1100 a.C.), pouco se sabe, exceto que a povoação dos Balcãs coincide com a Idade do Bronze no Oriente Próximo. Os mais antigos habitantes da Grécia foram os aqueus, cários, jônios e dórios. Estes últimos penetraram nas terras da Lacedemônia durante o final do III e inicio do II milênio antes de Cristo.
Muitas das gentes em questão eram provenientes da Anatólia e, ao que parece, eram aparentadas. A proximidade ao litoral foi primeiramente buscada já que as terras do interior nem sempre eram agricultáveis, o que fez com que o interior pedregoso do país fosse legado ao pastoreio.
Ademais, havia a vantagem do fácil escoamento dos produtos por toda a costa do Mediterrâneo. Isto viria a favorecer, posteriormente, uma vigorosa tradição náutica entre os gregos.
Poemas épicos, como a Ilíada e a