História do Baralho
Coleção formada por 52 cartas de jogar, distribuídas em quatro naipes, de ás a rei, com peças numeradas até 10 e mais as figuras do valete, da dama e do rei (ao baralho comum podem ser acrescentados um ou dois curingas). (encicl.) Folc. Brincadeira típica do carnaval maranhense do passado. Consistia em grupos de negros esfarrapados e sarapintados de tapioca a percorrer as ruas da cidade, empunhando chapéus-de-sol e sombrinhas destroçadas num barulho de ensurdecer. Era termo depreciativo e, nas crônicas policiais da época, alude-se às “negras do baralho”.
A história/surgimento do Baralho
De origem oriental, o baralho deriva diretamente do tarô, lâminas de cartomancia já conhecida dos egípcios, chineses, indianos e árabes. Expandiu-se extraordinariamente, primeiro sob a forma de gravuras em madeira pintadas a mão, depois em impressão metálica. Sua origem ocidental é contestada por documentos que provam origem mais remota, possivelmente como passatempo numérico, p. opôs. ao tarô, que possuía função metafísica e filosófica. Os símbolos que distinguem modernamente os naipes são iguais em todos os países do Ocidente, com exceção da Espanha. As cartas de maior valor eram os reis, damas e valetes. Os quatro reis eram Davi, Alexandre, César e Carlos Magno; as rainhas, Palas (Minerva), Argina, Raquel e Judite; os valetes, Heitor (oficial de Carlos VII), Orgier, o Danês (célebre cavaleiro andante), Lancelot do Lago (um dos cavaleiros da Távola Redonda) e Lahire (nome de guerra de Etienne de Vignolles), e assim permaneceram até o séc. XVII. Os naipes tiveram significação simbólica: copas, o clero; espadas, a nobreza; paus, o povo; ouros, o burguês, apegado ao dinheiro para subir socialmente. No séc. XIX, os nomes das figuras eram sota, cavalo e rei.
A variedade dos jogos de cartas é tamanha que se torna quase impossível registrá-la por completo. O curinga, ou trora dominado basto, coloca-se no lugar de qualquer outra carta, a fim de preencher a