Jorge Amado No dia 10 de agosto, de 1912, uma estrela brilhou intensamente no céu, na cidade de Itabuna, Bahia. Essa estrela tem um nome, chama-se Jorge Amado. Falar de Jorge Amado, é falar do simples, Amor e Paixão. Amor e Paixão? Por quem? Para quem ? Amor e paixão, pelo belo,escrever, ler, criar, representar, observar. Amor e paixão ao ver o mar, e sentir a sua brisa fresca no rosto. Amor e paixão pelas mulheres brasileiras e suas curvas. Amor pelo candomblé. Amor e paixão por Dona Zélia Gattai. Amor e paixão por Ilhéus, Salvador e sua cidade natal : Itabuna. Amor e Paixão pela Bahia a qual Jorge Amado carinhosamente chamava-a "minha amada Bahia". Jorge Amado gostava de sentar-se e observar, admirar uma das maiores criações do divino Deus, o ser humano, pessoas, gente simples, alguns calçados, outros descalços, crianças, mulheres, morenas bonitas, como fez com Lurdes que lhe inspirou, Gabriela cor de cravo perfume de canela. Mais para falar de Jorge Amado, é preciso voltar no tempo, às nossas raízes. Voltar lá no séc XVI ao XIX, durante o período da escravatura no Brasil, estima-se que tenham sido trazidos ao país de quatro à cinco milhões de africanos, pelos navios negreiros, um número exato jamais foi confirmado. Sua chegada foi decisiva para a construção de um novo jeito de falar, de agir e decomer do brasileiro : Palavras oriundas de diversas regiões africanas incorporaram-se a língua portuguesa. Esses termos ganharam tal relevância no vocabulário falado e escrito que mal nos lembramos que eles não nos pertenciam antes da miscigenação. Embora a cultura afro-brasileira esteja presente na maior parte do país, nenhum outro lugar se adaptou tão fortemente aos costumes, as crenças, à religiosidade, à música e a culinária dos negros quanto a Bahia. Algumas palavras de origem africana representam com propriedade o espírito afro-baiano : cochilar, dengo, caruru, dendê, cachimbo, berimbau,