História de Jaguaríuna
A história de Jaguariúna remonta aos tempos do antigo Caminho dos Goyazes, quando por ali passaram bandeirantes, tropeiros e boiadeiros rumo a Goiás e Mato Grosso em busca de ouro. Desbravando os ermos, semearam pousos, entrepostos de provisões e lugarejos que, pouco a pouco, se transformaram em vilas e cidades. Jaguariúna é uma delas.
Das roças primitivas floresceram os engenhos de açúcar até meados do século XIX. A implantação de engenhos, tocados por mão de obra escrava, ajuda a alavancar o crescimento do lugarejo. A crise internacional do açúcar, em 1860, faz a cana entrar em decadência. Mas Jaguariúna iria conhecer um novo ciclo de desenvolvimento impulsionado pelo cultivo do café, o ouro negro dos fazendeiros, que na primeira metade do século XIX começou a substituir os canaviais pelos cafezais. Surgia assim uma nova elite brasileira, os barões do café, que iria reinar aqui, e em outros cantos do Brasil, até quase meados do século XX.
Das sesmarias a um trem para o futuro. No século XIX, o Coronel Amâncio Bueno, que herdara da família grandes extensões de terras férteis à margem esquerda do Rio Jaguary, doadas em sesmaria pelo rei de Portugal Dom João III aos seus pais, começa a gestar a urbanização desta que viria a ser uma nova e importante cidade paulista.
De olho no futuro, transforma parte das terras em colônias para abrigar imigrantes europeus, principalmente italianos, que para cá vieram no final do século XIX, em substituição aos braços escravos, constrói a Vila Bueno, que daria origem à cidade, e abraça os caminhos do progresso trazido pelos trilhos do trem.
O transporte sobre trilhos significou para muitas cidades a modernização puxada pelas locomotivas a vapor. Sinônimo de progresso no passado, a cidade não servida por estradas de ferro ficava à margem do desenvolvimento. Mas aonde chegavam as paralelas de aço que às ligavam à Capital, o progresso era garantido. Foi o que aconteceu com Jaguariúna onde se fincou estação