História de Israel II
A reportagem de 1 Reis 12,1-20 marca o momento decisivo do cisma político e religioso em Israel. Quando as tribos do Norte de Israel perceberam que o rei Roboão (931-913 a.C) não ouvia as suas reclamações e propostas, elas reagiram com um grito de revolta:
Que parte temos com Davi? Não temos herança com o filho de Jessé. À tuas tendas, ó Israel! E, agora, cuida da tua casa, Davi! (1Rs 12,16).
Explicando o problema: As tribos, tanto as do Norte como as do Sul, não tinham capacidade para enfrentar os filisteus: Saul fracassou; Davi obteve sucesso e Salomão não conseguiu a integração de todas as tribos. Roboão, seu sucessor, não conseguiu integrar as tribos nortistas e sulistas. A união chegou ao fim. Surge, então, o Reino do Norte e o Reino do Sul. A prinicipal reinvidicação das tribos do Norte é a diminuição dos tributos
Algumas característcas dos grupos em conflito: 1. O Reino do Sul, ou Reino de Judá, tinha como herói a figura do rei Davi. Como Jerusalém estava localizada no Sul, a vida e obra de Davi foram guardadas e celebradas no Templo. A monarquia no Reino de Judá era dinástica e os seus reis pertenciam à dinastia de Davi (exceto Atalia, de 841 a 835).
2. O Reino do Norte, ou Reino de Israel, tem como herói a figura de Moisés. Entre as suas capitais, Samaria foi a que mais se destacou, construída por Amri (885-874 a.C). A seqüência dos reis do Reino do Norte foi marcada por golpes militares. O movimento profético surgiu no Norte, com Elias (IRs 17,1-2Rs 2,18).
O que mais caracteriza a história, entre o reinado de Salomão e o período do profeta Elias é a decadência moral dos reis do Norte e do Sul. Nesse período, os profetas pré-literários já denunciavam a injustiça social e a idolatria. Os reis, para alcançar os seus intentos, negavam a fé no Deus Javé. Os profetas alertaram para