História de Bagé
A história de Bagé está diretamente ligada à demarcação das fronteiras brasileiras - até a data oficial de sua criação (17 de julho de 1811) é a do dia em que o local foi declarado, oficialmente, como um acampamento militar de tropas.
As referências mais antigas que existem sobre a região indicam que era ocupada por índios charruas, segundo informações do Núcleo de Pesquisa Histórica Tarcísio Taborda. Como não gostavam de portugueses nem de espanhóis, esses índios mantiveram a região como uma espécie de zona livre.
Essa situação se estendeu até 1773, quando o governo de Buenos Aires determinou que se construísse o forte Santa Tecla, no Serro de Bagé, para garantir a posse da região para a Coroa Espanhola. Mas, em 1776, os portugueses tomaram e destruíram o forte e mantiveram a área sob seu domínio.
O quadro se manteve estável até 1811, quando começaram novos conflitos na fronteira com o Uruguai. O comandante da então Capitania, Dom Diogo de Souza, foi encarregado de intervir na fronteira. Saiu com suas tropas de Porto Alegre e foi para a região.
Um dos grupos que comandava acampou nas margens do Arroio Bagé, no "pé do Serro de Bagé". Em junho foi decidido que o exército marcharia para o Uruguai. Mas a expedição só saiu do local no dia 17 de julho, data em que Dom Diogo nomeou Pedro Fagundes de Oliveira como "comandante do Acampamento e Distrito de Bagé". Essa é a data que ficou sendo considerada como a de fundação da cidade.
Embora o exército tenha seguido em frente, o acampamento foi mantido. Já era um núcleo bem organizado, e estava em um local estratégico. A partir dele, a cidade foi se desenvolvendo. Mas ainda enfrentaria dificuldades.
Em 1827, o caudilho uruguaio Lavalleja invadiu a cidade. A partir de 1835, Bagé enfrentaria os problemas causados pela Revolução Farroupilha. Nessa ocasião, grande parte dos moradores fugiu para as estâncias, e a localidade voltou a ser uma espécie de acampamento