história das olimpiadas
Diego García Monge
Diego García Monge
Olimpíadas e política
Madri / Política – O regime nazista quis fazer dos Jogos Olímpicos de 1936, celebrados em Berlim, uma ocasião propícia para demonstrar a "superioridade" da raça ariana. No decorrer do tempo, essa concorrência foi muito mais recordada pela proeza de Jesse Owens, atleta afro-americano que obteve 4 medalhas de ouro, em 100 e 200 metros planos, relevos de 4 x 100 metros e salto em distância.
É bem conhecida a humilhação que significou para Adolf Hitler que Owens se tornasse o atleta mais marcante do certame, ainda que há outra história, tanto ou mais significativa, que se conhece menos. Na prova de salto em distância, o regime nazista tinha colocado todas as suas esperanças em Luz Long, que representava o modelo do atleta ariano. Na fase eliminatória da prova, ao realizar seu primeiro salto, Long estabeleceu um novo recorde olímpico. Hitler, talvez com o propósito de ofender Owens, retirou-se do camarote no momento em que este se dispunha a saltar. Nervoso pela nova marca estabelecida por Long, ou irritado pelo desaire de Hitler, o caso é que Owens anulou suas duas primeiras tentativas e unicamente só lhe restava um último salto para cumprir a marca mínima que lhe permitisse aceder à final. Owens enfrentava a possibilidade verdadeira de ficar eliminado da prova e passou por momentos de pânico, enquanto esperava sua terceira tentativa. Surpresivamente, Long se aproximou de Owens e procurando se comunicar o melhor possível, já que ambos não dominavam um mesmo idioma, aconselhou-o a respeito da maneira de assegurar um salto válido que lhe permitisse classificar. Owens seguiu sua indicação e conseguiu classificar-se, dias mais tarde ganhou de Long,