História Da África (Reino do Congo)
O reino do Congo estava dividido em seis províncias: Soyo, Mbamba, Nsundi,
Mpango,
Mbata
e
Mpemba.
Além
dessas
províncias
haviam
estados
independentes e chefias, como os dos Mbundo do nordeste de Angola, Ndongo,
Matamba, Loango, Ngoyo, Dembe, Cakongo, e povos menores. Cada uma dessas províncias era composta por mbanzas, organizações muito semelhantes às pequenas cidades, que deviam obediência ao rei.
Para conseguir dar conta de muitas atividades que estruturavam o reino - tais como a cobrança de impostos, o controle do comércio - o manicongo contava com a ajuda de uma verdadeira nobreza burocrática composta por conselheiros e governadores das províncias de seu reino. Em cada mbanza havia um soba que detinha a autoridade principal e jurisdição sobre as pessoas e bens. Havia também os governadores das províncias, escolhidos entre os membros das tradicionais candas.
Como o Congo era um reino extenso, as províncias tinham dinâmicas socioeconômicas bem diferentes umas das outras. A Província de Bamba ou
Mbamba era a maior em extensão, e a mais rica, governada pelo Manibamba.
Essa província situava-se ao longo da costa Atlântica, e seu governador tinha controle sobre as regiões próximas ao mar. Soio (Nsoio ou Soyo) era a província delimitada pelo rio Ambriz ao sul; local abundante em peixes como sardinhas, enguias, e lagostas. A província de Sunde era o local de maior concentração de minas de ferro e cristais. Ali estava situada a capital do reino, a Mbanza Kongo, rebatizada como São Salvador. Graças à sua importância econômica e política, a capital do reino era governada pelo filho primogênito do rei e acabou tornando-se um dos centros mais dinâmicos do
Congo, habitada por milhares de pessoas, e conhecida pela produção de frutas e do luco (um grão que muito se assemelha à mostarda). Outras regiões também faziam parte do reino, mas tinham uma relação menos direta com a nobreza do Congo.