História da eja no brasil
Muitos de nós conhecemos a realidade daqueles que não tiveram acesso à escola na idade adequada ou que nunca puderam ler e escrever, assim como já vimos o sorriso de muita gente ao aprender a escrita do próprio nome. Portanto, não vamos tratar de um conteúdo estranho à nossa trajetória de vida. A EJA é antes de tudo uma disciplina que nos possibilita pensar o próprio grupo social com o qual vivemos e perguntar quais são os motivos que levaram as pessoas, seja da nossa comunidade, seja de outra localidade, à continuidade ou à desistência dos estudos. Nesta perspectiva, cabe ao educador a responsabilidade investigativa em relação à sociedade e às pessoas que nela vivem; cabe a responsabilidade de valorizar os saberes de cada educando, a cultura, o jeito de ser, os silêncios etc. É importante que nós, profissionais da educação, saibamos valorizar, sem preconceitos, os conteúdos do mundo da vida trazidos pelos educandos.
Por que no início do século XXI falamos em educação de jovens e adultos e não somente em educação de adultos? Amplia-se o segmento social que é sujeito da EJA. Quais são os fatores que fazem os jovens buscarem essa modalidade de educação? O que aconteceu na história de vida das pessoas que não realizaram a escolaridade na idade adequada? Como a política educacional incorporou a EJA como modalidade de ensino da educação básica? E os professores que atuam com a EJA, que formação possuem? São reconhecidos como profissionais da educação? Quais dificuldades enfrentam no seu fazer pedagógico? São essas algumas das questões sobre as quais queremos refletir.
A EJA é uma modalidade de ensino reconhecida na LDB 9.394/96, que no seu art. 37 destaca: “A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria”.
Quem são os sujeitos da EJA? O que buscam? Como se percebem como analfabetos?
Na primeira metade do século