História da Educação
Assistimos nos últimos anos a uma vasta produção de balanços e análises de conjunto sobre a historiografia brasileira, movimento que procura analisar a sua trajetória refletindo, também, os rumos recentemente tomados pela pesquisa histórica no Brasil. Muitas obras procuram analisar a produção historiográfica brasileira, desde o século XIX, apontando os caminhos por ela traçados, as influências consolidadas e as tendências mais recentes.
A História da Educação, infelizmente, só aparece como campo de apreciação historiográfica numa coletânea, estando ausente dos balanços que analisam os vários campos da investigação histórica no Brasil. Por outro lado, inúmeras têm sido as publicações atinentes especificamente à História da Educação que procuram analisar essa produção. Tem sido também profícua a publicação de obras coletivas que reúnem trabalhos sobre temas e períodos específicos e outras que apresentam estudos temática e temporalmente diversos. Nas obras analíticas sobre a historiografia brasileira de uma forma geral, o período colonial tem sido particularmente privilegiado, não podendo deixar de ser mencionada a influência da História Cultural, campo no qual têm sido feitas algumas das mais expressivas pesquisas, além dos estudos que vêm promovendo sensível inovação historiográfica nas dimensões administrativa e econômica do período. Ele não tem, contudo, despertado muito interesse nos historiadores da educação há várias décadas, ao contrário do que ocorre com o Império e a República. Nos balanços historiográficos e coletâneas são raras as menções a trabalhos sobre a educação antes da independência. Nos congressos da área realizados mais recentemente, a proporção de trabalhos sobre o período colonial em relação ao total de inscritos e/ou apresentados não ultrapassa 3%.
Não é meu objetivo fazer, neste texto, uma revisão bibliográfica, mas julgo necessário incluir algumas referências, passo importante para a