História da arte
Na Europa o período denominado entre as guerras caracterizou-se pelo nacionalismo e na arte surgiu uma visão do mundo sombria e pessimista e um violento nacionalismo o que distinguia em muito das idéias dos artistas brasileiros que buscavam novas técnicas para suas obras.
O regionalismo foi um dos primeiros sinais, visível na literatura e na pintura a acusar a preocupação com o homem rural e a cultura peculiar das cidades do interior, tornando-se no um tema local distante do academismo estritamente vinculado aos modelos europeus.
Gonzaga Duque[1] em 1908 já manifestava certa inquietação em relação a uma arte importada e uma definição de nossos artistas em relação ao nacional. Na literatura, a obra OsSertões, publicado em 1902, de Euclides da Cunha[2] despertava a problemática social nacional. O escritor Oswald de Andrade[3] em um artigo de 1915 conclamava os jovens artistas a uma conscientização do nacional.
[1]Luiz Gonzaga Duque Estrada (1863-1911) Jornalista, crítico de arte, pintor e escritor brasileiro. Autor de A Arte Brasileira (1888), do romance simbolista Mocidade Morta (1899), dentre outras obras.
[2]Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha (1866-1909) Escritor, professor, sociólogo, repórter jornalístico e engenheiro, tendo se tornado famoso internacionalmente por sua obra-prima, Os Sertões, que retrata a Guerra dos Canudos.(1896-1897) no interior da Bahia.
[3] Oswald de Andrade (1890-1954)Poeta, romancista e dramaturgo. Filho de família rica estuda na Faculdade de Direito do Largo São Francisco e, em 1912, viaja à Europa. Em Paris, entra em contato com o Futurismo e com a boemia estudantil. Sua atuação intelectual é considerada fundamental na cultura brasileira do início do século. A obra literária de Oswald apresenta exemplarmente as características do Modernismo da primeira fase.
A poesia de Oswald é precursora de um movimento que vai marcar a cultura brasileira na década de 60: o Concretismo. Suas idéias, ainda nessa década,