História da Arquitetura
Fernanda Monteiro de Barros
As Cartas Patrimoniais
As cartas patrimoniais são fruto da discussão de um determinado momento. Antes de tudo, não têm a pretensão de ser um sistema teórico desenvolvido de maneira extensa e com absoluto rigor, nem de expor toda a fundamentação teórica do período. As cartas são documentos concisos e sintetizam os pontos a respeito dos quais foi possível obter consenso, oferecendo indicações de caráter geral.
Com a Carta de Atenas, em 1932, é proposto uma valorização histórica e artística, o respeito ao monumento e a não re-funcionalização dele. Como uma ferramenta de valorização visual do patrimônio, é estudada a utilização do gabarito. Outras questões que são propostas são: o envolvimento de disciplinas na definição da intervenção e o respeito ao original, e a necessidade da preservação do entorno. A partir dessas questões, cada nação realizaria seu próprio inventário do patrimônio cultural. Seus focos são edifícios e conjuntos arquitetônicos de importância histórica.
Outro ponto levantado é a definição do patrimônio pelas relações com seu espaço, seu entorno e paisagem adjacente, o que define a importância do conjunto.
Dados os materiais para restauração, a carta aprova o uso de materiais como o cimento armado, desde que seja dissimulado a fim de não alterar o aspecto e o caráter do edifício. No caso das ruínas, eles prevêem uma conservação por meio da anastilose e quando for impossível a conservação de ruínas descobertas, recomenda-se enterrá-las novamente depois de um estudo detalhado.
È dado como a melhor garantia de conservação de monumentos e obras de arte uma educação habitual desde a infância e a juventude para que lhes façam aumentar o interesse de uma maneira geral, e evite possíveis degradações.
“Após oitavo roubo, estátua de Drummond, na orla de Copacabana, ganha novos óculos”- Portal R7
Projeto de Educação Patrimonial desenvolvido na USP. Com a educação patrimonial inserida