Historico-cultural e o aprendizado
DESENVOLVIMENTO INFANTIL E ENSINO: A ANÁLISE HISTÓRICOCULTURAL DE VIGOTSKI, LEONTIEV E ELKONIN
PASQUALINI, Juliana Campregher – UNESP
GT-20: Psicologia da Educação
Agência Financiadora: FAPESP
A investigação sobre as leis que regem o desenvolvimento infantil é objeto da disciplina psicologia do desenvolvimento, a qual desempenhou historicamente um papel central nas relações entre psicologia e educação. Conforme Arce (2002), referindo-se particularmente à história da educação infantil, a psicologia do desenvolvimento se fez presente menos como teoria científica consistente e mais como receituário de passos a serem seguidos para classificar os estágios do desenvolvimento infantil. A concepção hegemonicamente difundida pela psicologia do desenvolvimento pode ser caracterizada como naturalizante, por apresentar as fases ou estágios do desenvolvimento infantil como momentos de um processo esperado, previsto e natural (BOCK, 2000). O processo educativo acaba sendo compreendido, nesse sentido, como um mero acompanhamento do desenvolvimento infantil. O papel do professor torna-se secundário, reduzido à tarefa de estimular e facilitar esse desenvolvimento, respeitando as características de cada fase ou estágio do processo.
Arce (2004) considera que a Escola de Vigotski fornece as bases para a superação de uma perspectiva naturalizante em psicologia do desenvolvimento, pois, em contraposição a uma visão idealizada da infância, estudou a infância e seu desenvolvimento fortemente conectados com a educação e com a sociedade na qual a criança está inserida. Também para Facci (2004), Leontiev e Elkonin, seguindo a linha histórico-cultural iniciada por Vigotski, desenvolveram as bases de uma psicologia do desenvolvimento capaz de superar o enfoque naturalizante característico da área.
Nessa direção, o presente trabalho apresenta alguns dos principais resultados de nossa pesquisa de mestrado, que buscou investigar e analisar as relações
entre