historia
Nessa época nossa economia era essencialmente agrária. Desde o século XVI que a estrutura socioeconômica básica era a "plantation". A escravidão foi abolida institucionalmente mas na prática as relações de trabalho não haviam se alterado. A novas relações trabalhistas surgidas com a mão-de-obra imigrante não atingiam todos os cantos do país, muito pelo contrário.
Neste período vemos uma organização política administrativa completamente ligada a realidade do coronelismo, em todos os cargos, as eleições eram simplesmente baseadas em qual partido político conseguiria barganhar o apoio dos coronéis e seus eleitores. Em âmbito Municipal os acordos entre prefeitos e vereadores com coronéis eram bastante visíveis. O uso da máquina pública para benefícios particulares em troca de votos era de conhecimento da comunidade. As trocas de benefícios por apoios políticos em âmbito regional, estadual e federal não eram tão públicos assim. Para entendermos os motivos que levavam coronéis de cidades pequenas distante da Capital Federal a apoiar este ou aquele deputado federal, senador ou presidente da república precisamos analisar uma prática política que ficou conhecida como "Política dos Governadores", e além disso o controle das verbas públicas era extremamente concentrado no Governo Federal, no Presidente da República. Desta forma, o Presidente tinha grandes possibilidades de negociar apoio, junto aos governadores dos estados e suas bancadas no Congresso Nacional, em troca dos repasses de verbas do Governo Federal para os governos