Historia
Não há como negar a influência da Reforma Protestante em nosso século. Qualquer livro de História que aborde o tema: "Baixa Idade Média e início da Idade Moderna", tem, obrigatoriamente, a necessidade de discorrer sobre um dos principais marcos dessa época: a Reforma Protestante, liderada pelo monge agostiniano Martinho Lutero. Embora seja extremamente velho (quase 500 anos), trata-se, porém, de um tema ainda vivo e em debate hoje em dia.
A interpretação que os historiadores dão à História influencia a explicação das causas da Reforma Protestante. A ênfase sobre um ou outro fator histórico depende da escola de interpretação. Vejamos o que nos informa o historiador Earle E. Cairns:
Os Historiadores Protestantes
Interpretam a Reforma como um movimento religioso que procurou redescobrir a pureza do Cristianismo primitivo como descrito no Novo Testamento. Esta interpretação tende a ignorar os fatores econômicos, políticos e intelectuais que ajudaram a promover a Reforma.
A Os Historiadores Católicos Romanos
Interpretam a Reforma como uma heresia inspirada por Martinho Lutero por alguns interesses pessoais, entre eles, a sua vontade de casar. O protestantismo é visto como uma cisma herético que destruiu a unidade teológica e eclesiástica da Igreja Medieval, se bem que o Catolicismo nunca conseguiu a proeza de se manter uno! Os historiadores católicos se esquecem da verdadeira problemática que envolveu a Igreja Romana, porque, no período da Idade Média, muitíssimas barbaridades e anomalias foram vistas dentro da Igreja, gerando muitos protestos que não foram atendidos, o que resultaram finalmente na Reforma.
Os Historiadores Seculares
Dão mais atenção aos fatores secundários em sua ótica sobre a Reforma. O historiador Voltaire ilustra muito bem a interpretação racionalista. Para ele, a Reforma Protestante foi apenas a consequência de uma briga de monges da Saxônia e, na Inglaterra, a Reforma