Historia
Pouco se sabe, porém, sobre as primeiras florestas da Terra e como elas influenciaram o ecossistema do planeta. Um estudo publicado na edição de hoje da revista Nature reconstitui esses ambientes ancestrais, a partir da retomada de escavações do fim do século 19 em Gilboa, no estado norte-americano de Nova York. Lá, encontra-se o mais antigo conjunto de fósseis vegetais já descobertos, formado por centenas de árvores da extinta espécie Eospermatopteris eriana, da qual fazem parte as gigantes cladoxylopsidas.
A equipe de William E. Stein, biólogo da Universidade de Binghampton e que há mais de 15 anos investiga a origem da flora terrestre, voltou à floresta petrificada de Gilboa e descobriu uma área de 1,2 mil metros quadrados. Foram identificados três tipos de plantas que podem solucionar os mistérios da ecologia ancestral. “A floresta de Gilboa é um ícone desde que os primeiros fósseis vegetais foram encontrados por baixo de densas camadas de arenito”, conta Anne-Laure Decombeix, bióloga francesa da Universidade de Montpellier, convidada pela Nature para escrever um artigo sobre o trabalho de Stein.
Ela lembra que, em meados da década de 1990, o pesquisador já havia descoberto o tronco e a copa das cladoxylopsidas, que têm um parentesco com as atuais samambaias. O trabalho de Stein revelou que essas árvores enormes tinham um tronco esguio, com mais ou menos 6m de altura, coberto por uma coroa de folhas e troncos