historia
A prospeção de metais preciosos em solo brasileiro teve início muito cedo a partir da campanha de Martim Afonso de Sousa, em 1531. Ao longo do século XVI, a febre do ouro foi alimentada com a descoberta de alguns locais ricos nesse minério. Em 1605, foi criado o cargo de superintendente das minas, entregue a D. Francisco de Sousa, na sequência de novas descobertas feitas por Diogo de Quadros, provedor das minas de S. Vicente. Logo em 1618, o rei Filipe II (1527-1589) regulamentava a busca das minas, dando também grandes privilégios aos mineiros. Apenas em finais do século, em 1695, após a bandeira de Fernão Dias Pais Lema, Borba Gato desenvolveu a exploração das jazidas do rio das Velhas, onde iria surgir a povoação de Vila Rica (mais tarde Ouro Preto), capital administrativa da capitania de Minas Gerais. Logo depois foram também descobertas importantes jazidas em Mato Grosso (1718), Goiás (1725) e no interior da Baía (1726). Com esta febre do ouro calcula-se, ainda que em números pouco precisos, que se arriscaram pela região entre 30 mil e 50 mil povoadores na região de Minas Gerais nos primeiros quinze anos. O apogeu da produção aurífera data de 1735 e 1766, sendo notória a decadência nos princípios do século XIX, quando ficaram esgotadas as possibilidades técnicas de mineração. É difícil calcular qual o volume da produção aurífera desde a descoberta até à independência do Brasil, tendo o barão de Eschwege (1777-1855) avançado com o valor de 67 417 arrobas (130 milhões de libras). Em termos económicos, a descoberta do ouro trouxe uma profunda mudança a nível internacional inundando a Europa deste metal, que passava por Portugal mas que servia para adquirir os bens de consumo que não eram produzidos na capital do império. Guerra dos Emboabas Conflito armado ocorrido na região das Minas Gerais entre os anos de 1707 e 1709, envolvendo os bandeirantes paulistas e os emboabas (portugueses e imigrantes de outras regiões do