Historia e ciências sociais
Para introduzir este assunto utilizamos das palavras proferidas em resenha realizada pelos discentes Aracilda Neves, Linardo Sérgio, Renilson e Franciso Adonias quando da realização de seminário sobre o artigo História e Ciências Sociais: A Longa Duração, de Fernand Braudel, para a disciplina de Teoria da História ministrada por mim no segundo semestre de 2007. Segundo Aracilda Neves e colaboradores: O historiador Fernand Braudel inicia divulgando uma crise geral das ciências do homem. Pelo fato de todas elas encontrarem-se esmagadas por seu próprio progresso, estando perdidas a respeito do lugar que deveriam ocupar. Além disso, Braudel destacava que a solução par esta crise estaria na aproximação entre elas e, portanto, visando a ampliação do diálogo entre a história e as outras ciências vizinhas. 1
Sendo que na continuidade de nosso resumo/esquema continuamos a nos utilizar das palavras de Aracilda Neves e colaboradores quando se reportam ao problema da História e durações no artigo de Braudel.De acordo com eles: Braudel aprofunda sua proposta de pluralização do tempo histórico. Nesta perspectiva, encontram-se fundamentalmente dois pólos: o instantâneo e a longa duração. O primeiro seria o objeto da história tradicional, centrada na narrativa dramática, precipitada do evento de fôlego curto, enquanto que o segundo consistiria no fundamento da nova história econômica e social. Braudel desconfia do tempo breve, o tempo do cronista e do jornalista, por encará-lo como uma duração caprichosa e enganadora.
No âmbito da longa duração, fala-se em ciclos, tendências seculares, mas principalmente em estruturas. Braudel encara as estruturas como sustentáculos e obstáculos sociais: regularidades, permanências, resistências. Pesquisar essas estruturas silenciosas implica de um ponto de vista autêntico. A ciência histórica deve ser feita, assim, tomando a profundidade obscura do tempo longo como seu eixo, nunca a