Becker howard s. a história de vida e o mosaico científico. in: métodos de pesquisa em ciências sociais. são paulo: hucitec, 1994.
“A história de vida não é um “dado” para a ciência social convencional, embora tenha algumas de suas características por se constituir numa tentativa de reunir material útil para a formulação de teoria sociológica geral.” (p. 101)
“[...]a história de vida se aproxima mais do terra-a-terra, se dedica mais às nossas propostas do que às do autor, e se interessa menos por valores artísticos do que por um relato fiel da experiência e interpretação por parte do sujeito do mundo no qual vive.” (p.102)
“Esta perspectiva difere daquela de alguns outros cientistas sociais por atribuir uma importância maior às interpretações que as pessoas fazem de sua própria experiência como explicação para o comportamento.” (p.103)
“O esquema de pesquisa não amadureceu a partir de uma teoria axiomática bem desenvolvida, mas, em vez disso, de uma visão da característica de cidades e de vida urbana que permeava muitas das pesquisas realizadas em Chicago no excitante período depois da chegada de Robert E. Park, em 1916. The Ghetto, The Gold Coast and the Slum, The Gang – eram todos parte deste esquema de pesquisa.” (p.103)
“[..]a contribuição de qualquer estudo podia ser avaliada no contexto de um empreendimento geral, e não como se existisse em isolamento.” (p.104)
“A imagem do mosaico é útil para pensarmos sobre este tipo de empreendimento científico. Cada peça acrescentada num mosaico contribui um pouco para a nossa compreensão do quadro como um todo.” (p.104)
“Estudos individuais podem ser como peças de um mosaico, e o eram nos dias de Park. Visto que o tema do mosaico era Chicado, a pesquisa tinha um sabor etnográfico de “história de caso”, mesmo que a própria Chicago fosse, em parte, vista como representativa de todas as cidade.” (p.105)
“Ainda estão por ser estabelecidos os critérios para determinar o quanto um fragmento de um