historia no brasil
Os números são particularmente preocupantes para Curitiba – cidade que, por causa do clima, registra casos de perda de audição parcial reversível em 20% das crianças de até 6 anos. A quantidade de casos é comparável a de países de clima ártico. Não há estudos amplos sobre o tema no Brasil, mas a estimativa de especialistas do setor é que em cidades do Nordeste, por exemplo, a doença atinja no máximo 3% das crianças. A relação entre clima e perda de audição ocorre por causa das doenças respiratórias. Como o catarro costuma se acumular e solidificar no canal do ouvido médio, a membrana no tímpano passa a vibrar menos e impede a identificação adequada dos sons. As otites (inflamação na membrana do ouvido) são outra causa comum de redução da audição na infância.
“A questão mais grave é que se trata de uma doença silenciosa. Como não dói e não tem sintoma externo, e a própria criança não percebe, acaba passando despercebida pelos pais”, alerta o otorrinolaringologista pediátrico Lauro João Lobo Alcântara. Existem comportamentos característicos, entretanto, que podem servir como pista para os pais. Nas crianças menores (até 3 anos), a perda de audição retarda a aprendizagem da fala, já que elas não ouvem os fonemas a serem repetidos. Nas maiores, em idade escolar, o efeito mais comum é a perda de atenção nas aulas e em conversas com adultos. Elas ainda costumam assistir à tevê com o volume muito alto.
Saiba mais
Saiba por que as condições do tempo interferem na capacidade