Historia do Café no Paraná
Foi na década de 50 e início de 60 que a cafeicultura teve sua fase de maior expansão no Estado, quando a área chegou a quintuplicar, passando dos quase 300 mil hectares, em 1951, para 1,6 milhão de hectares em 1962. Devido a redução dos estoques mundiais, os preços internacionais naquele período foram muito favoráveis, incentivando o aumento do plantio de café no Estado.
Na safra 1961/62, o Paraná atingiu o seu apogeu, quando colheu cerca de 21,3 milhões de sacas de 60 kg, 28% da safra mundial, a qual situou-se em 76 milhões de sacas de 60 kg.
Esta expansão da cultura, além do estímulo por preços compensadores, quando a saca chegou a ser cotada a US$ 600/60 kg na Bolsa de Nova York, em 1954, foi favorecida pela alta fertilidade das terras paranaenses, apesar das geadas ocasionais.
Por um longo período, o café foi o principal gerador de riquezas para o Estado, propiciando a fixação do trabalhador no meio rural, além de contribuir para coroar com êxito o modelo de colonização, tornando as pequenas e médias propriedades economicamente viáveis, numa época de poucas alternativas agrícolas.
No período de 1959 a 1962, o excesso de oferta, com três grandes safras no Paraná e no Brasil, contribuiu para que os estoques se elevassem e os preços caíssem. O excesso de produção, no Brasil e no mundo, fez com que o governo interviesse, por meio de programas de erradicações para reduzir a produção nacional, para manutenção dos preços no mercado internacional.
A partir de 1975, com a ocorrência da geada que dizimou os cafezais do Estado, a agricultura paranaense entrou numa nova fase, com a substituição da cultura do café pelas