A história da formação do Brasil é um assunto que gera muitas dúvidas, opiniões e contradições. Ao considerarmos os fatos dessa narrativa, devemos ter uma mente aberta e buscar informações necessárias e relevantes para que assim possamos de fato concluir e formar um pensamento de como viemos parar aqui. Pensando nesse sentido, ao analisarmos a conduta portuguesa, devemos olhar todo o contexto histórico do séc. XIV e XV. Vale lembrar que toda a Europa sofria uma crise causada pela peste negra; havia fome e revoltas. A morte do rei D. Fernando em 1383 trouxe ainda mais insegurança política porque ele não tinha herdeiro masculino legítimo, logo seu sucessor real seria D. João I, rei de Castela que, defendia a união do reino português ao espanhol. Mas para muitos isso seria inaceitável, e com o apoio da nobreza cruzadista, da burguesia mercantil e das forças populares, o Mestre da Ordem de Avis, D. João derrotou os espanhóis e garantiu a autonomia portuguesa. Isso trouxe novos rumos, e conhecemos que a dinastia dos Avis trouxe para Portugal um avanço marítimo e comercial. As construções navais fizeram com que Portugal, que estava cercado e ameaçado por países mais poderosos, aventurasse para o mar afim de estabelecer novas rotas comerciais. Construíram barcos, aprimoraram suas técnicas de navegação e cartas, como também instrumentos. Eles diziam que "Navegar é preciso, viver não é preciso”. Mas mesmo assim eles ainda estavam muito mais atrasados economicamente do que outros países europeus. Eles eram impulsionados não só pelo dinheiro, mas também pelas novas ideias que surgiam naquele momento. Portugal finalmente definia sua formação como nação europeia. Portugal devido principalmente pela sua localização geográfica, se transformou em um país marítimo. Relembrando que antes do séc. XIV as rotas comerciais eram basicamente terrestre ou pela costa. Existiam duas rotas principais, uma ligava o Mediterrâneo ao Mar do Norte, e a outra rota