Historia de Santana dos Montes
Essa produção deu origem a intenso tráfego de tropas que tanto transportavam os gêneros alimentícios como traziam os bens necessários aos moradores da área.
A Estrada Real, em suas diversas ramificações, era o caminho usado pelos tropeiros para chegar às fazendas, que já na metade do século XVIII dominavam a paisagem. Com suas casas-grandes e senzalas, engenhos, moinhos e outras estruturas produtivas, elas recebiam viajantes e tropeiros que ali negociavam, se alimentavam e hospedavam.
Em conseqüência do sucesso da atividade rural é que se inicia a ocupação urbana no Morro do Chapéu. Até hoje a Igreja de Santana, de 1749, e os casarões conservados e restaurados do belo Largo da Matriz são testemunhas desse passado colonial.
A decadência da produção aurífera repercutiu em toda a região, tornando estagnada o que chegou a ser uma área florescente. Resultado da mesma estagnação foi a conservação do patrimônio edificado, tanto na vila quanto nas numerosas sedes de fazendas que até hoje sobrevivem.
Em 1840 o povoado foi promovido a distrito de Conselheiro Lafaiete, mas a emancipação política de Santana dos Montes só irá ocorrer em 1962. Com seus 1500 moradores urbanos, continua sendo uma pequena e hospitaleira vila de Minas, rodeada pelo mar de morros verdes que lhe dão o nome.