Historia de arte
O caderno de viagem é um instrumento usado nas mais diversas áreas, como arquitetura, pintura, desenho, ciência etc., é sem dúvida uma mais-valia para quem o utiliza, pois permite documentar através de desenhos e pequenas notas de forma rápida e normalmente sucinta as emoções e experiencias vividas na viagem efetuada.
Desta forma permite também a quem os vê/lê sentir um pouco ou tudo do que o autor sentiu quando os fez, dando-nos assim a hipótese de viajar por esses mesmos locais através dos olhos do autor.
Neste trabalho vou analisar os cadernos de viagens de três autores que na minha opinião utilizam este instrumente de forma exímia e fazem dele uma parte vital do seu método de trabalho, autores estes Álvaro Siza Vieira, Louis I.Kanh, e Le Corbusier.
Louis I.Kahn
Começamos então por analisar um dos desenhos do caderno de viagem de Louis I.Kahn .
Louis I.Kahn é um dos arquitetos mais influentes da nossa época e tem especial predileção pela técnica de aguarela. Neste exemplo podemos observar a Piazza do campo em Sienna.
Este desenho em particular pela forma e técnica que foi utilizada faz-nos sentir certas emoções que na minha opinião aproximar-se-iam bastante caso estivéssemos no local, penso que também em parte foi esta a ideia do autor, não fazendo um desenho perfeitamente preciso mas tentando transcrever o que estava a sentir.
O autor consegue isso somente com a representação do edificado envolvente, com as cores quentes e provavelmente precisas que aplica e também com a representação da sombra, possibilitando-nos assim uma perceção bastante correta daquele local naquele dia e naquela hora, da sua profundidade e alturas e os próprios constituintes do local.
Álvaro Siza
Álvaro Siza como sabemos não prima muito pelo detalhe, limita-se a tentar descrever o máximo possível com o mínimo de traços possíveis e consegue-o sem exceção. E creio que é assim que se deve trabalhar um caderno de viagens, não é