historia da roupa de banho
Contexto histórico:
Tudo começou no final do século 18, quando o ato de banhar-se em rios ou praias tornou-se uma atividade social. As mulheres, no entanto, só começaram a aderir ao novo costume em 1819 e, evidentemente, vestido da cabeça aos pés. Por um bom tempo, os trajes usados por elas eram tão recatados e cheios de tecido que ficavam extremamente pesados ao entrar em contato com a água.
Banhistas na praia de Copacabana, em 1919: mulheres de vestido e touquinha e homens de macaquinho
Só a partir de 1930 as coisas começaram a mudar um pouco e algumas mulheres mais “ousadas” passaram a usar peças únicas, que mostravam parte das pernas e braços.
Roupa de banho de 1920 A moda na praia Ipanema, em 1950
(Foto: O Cruzeiro/Divulgação)
Em 1946, o francês Louis Réard mudou a história da moda praia e de quebra deu uma mãozinha na liberação sexual que mais tarde as mulheres viriam a conquistar. Naquele ano, militares americanos desocuparam a área do Atol de Bikini, nas Ilhas Marshall, Micronésia, para realizar testes com bombas nucleares. Emprestando uma das palavras mais em voga na época, nascia o biquíni.
Obviamente a introdução da peça na sociedade não foi algo tão simples. As pessoas ficaram tão escandalizadas com o biquíni, que era difícil encontrar modelos que quisessem ser fotografadas com o traje. Foi a stripper Micheline Bernardini a primeira mulher da história a vestir a peça ao desfilar na borda de uma piscina pública de Paris, no dia 5 de julho de 1946.
Micheline Bernadini, em 1946.
O lançamento foi tão bombástico (Diana Vreeland estava mesmo certa!) que a peça foi condenada pelo Papa Pio XII no final da Segunda Guerra Mundial, por ser contra os padrões seguidos pela Igreja Católica.
No Brasil, os biquínis começaram a ser vistos nos anos 50, mas apenas as vedetes do rebolado ousavam usar as peças. Beldades como Elvira Pagã, Virgínia Lane Carmem Verônica e Norma Tamar atraiam todas as atenções para