historia da psicologia
OS ÚLTIMOS FILÓSOFOS DA ANTIGÜIDADE
E A PSICOLOGIA DOS TEÓLOGOS CRISTÃOS
Este capítulo está dividido em duas partes. Na primeira, apresentam-se as últimas doutrinas filosóficas da Antigüidade: epicurismo, estoicismo e o neoplatonismo. Na segunda, dedica-se ao estudo dos dois mais importantes teólogos cristãos da época medieval: Santo Agostinho e São Tomás de Aquino.
PARTE I: Últimos Filósofos da Antigüidade
É bom lembrar um pouco da história antiga para facilitar nossa compreensão de como as idéias vão se constituindo e se alterando de tempos em tempos. Sabemos que os escritos de Homero - em torno de 700 AC - traziam a beleza e os mistérios do imaginário da Grécia Antiga. Dois momentos importantes na expansão da civilização grega foram a Atenas de Péricles (495-429), e o Reino da Macedônia de Filipe II e Alexandre o Grande. Filipe II reinou entre os anos 359-336 AC e é lembrado como um grande incentivador da cultura. Neste período viveram o dramaturgo Sófocles, o historiador Heródoto, o escultor Fídias, e o sofista Protágoras. Alexandre o Grande reinou entre os anos 336-323 AC. Viveram neste período: o dramaturgo Aristófanes e os filósofos Sócrates, Platão e Aristóteles. Aristóteles foi tutor de Alexandre. Com a morte de Alexandre a Grécia envolveu-se em uma disputa interna violenta que levou a divisão do reino. Nesta época, a filosofia transfere-se de Atenas para Alexandria. No plano da filosofia, a exigência racional por um critério objetivo de verdade e a preocupação em conhecer a realidade do universo vão perdendo espaço para crenças religiosas e místicas. Neste período, que vai até a aceitação do Cristianismo como a religião do Estado Romano em 313 AD, encontra-se as doutrinas do ceticismo, a escola dos epicuristas, a escola dos estóicos, a filosofia de Cícero, e o último pensamento filosófico da Antigüidade, a doutrina de Plotino. Qual a importância destas últimas filosofias? Elas