Historia da medicina
Como os religiosos não podiam se envolver com sangue, as suas tonsuras obrigatórias (corte circular do cabelo na parte superior da cabeça) eram feitas por barbeiros, que também tinham como obrigação realizar sangrias "depuradoras" cinco vezes ao ano. A habilidade em fazê-las levou-os a realizar, progressivamente, diversos procedimentos cirúrgicos.
No fim do século XVI, na Inglaterra, criou-se a Companhia de Barbeiros que atuou por cerca de 200 anos e regulamentou a profissão de barbeiro-cirurgião. Apenas no final desse século XVI e início do século XVII, a cirurgia foi incluída no currículo das Escolas de Medicina.
DESCOBERTA DA ANESTESIA
A descoberta da anestesia foi uma das inovações clínicas que revolucionaram a cirurgia. A anestesia com éter foi descoberta em Boston na década de 1840. Anos antes, em 1831, o clorofórmio havia sido elaborado. O médico escocês Sir James Simpson de Edimburgo foi o primeiro a usá-lo como anestésico em 1847, mas só foi largamente aceito na medicina por volta de 1853. A única anestesia conhecida até o momento era feita à base de álcool e pólvora, aplicada no paciente por via oral. Normalmente ele era segurado pelos assistentes enquanto mordia algo para não gritar, até que a operação terminasse. Geralmente eram feitas desta forma amputações, consideradas na época como “grandes cirurgias”.
Embora os pacientes aguentassem dores extraordinárias, havia uma busca urgente por analgésicos. Para aliviar a dor, eram combinadas várias substâncias, a maior parte delas extraída de plantas “medicinais”. Às vezes, a mistura ficava muito forte e o paciente morria por overdose.
(1700)
Saw Amputação (1600) Enquanto alguns cirurgiões optaram por ostentar sua riqueza com serras elaboradamente decoradas como este, as fendas nas gravuras intrincadas provou