Historia da Loucura - Resumo
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História da Loucura - A Grande Internação A loucura vai ser reduzida ao silencio pela era clássica através de um grande golpe de força. Descartes encontra as formas de erro, porem não evita o perigo da loucura do mesmo modo como contorna a eventualidade do sonho ou do erro. Quanto ao sonho, ele pode representar "sereias e sátiros" porem não pode criar nem compor, por si só, tais coisas "mais simples e mais universais" cuja combinação torna possíveis as imagens fantásticas. Com a loucura, o caso é outro: se esses perigos não comprometem o desempenho nem o essencial de sua verdade, não porque tal coisa , não possa ser falsa, mas sim porque eu não posso estar louco. Não é a permanência de uma verdade que garante o pensamento contra a loucura assim como ela lhe permitiria deligar-se de um erro ou emergir de um sonho. A problemática da loucura- De Montaigne- se ve de um modo quase imperceptivel, mas decisivo. O percurso da duvida cartesiana parece testemunhar que o seculo XVII a loucura foi colocada fora do dominio no qual o sujeito detem seus direitos à verdade,ou seja, a propria razão. Entre Montaigne e Descartes, algo se passou: algo que diz respeito ao advento de uma ratio. É sabido que no seculo XVII criou vastas casas de internamento. Durante um seculo e meio, os loucos foram postos sob forte regime desses internamentos. Em 1656, em Paris, surge o Hospital Geral, destinado a pobres de Paris. Tratando de recolher ,alojar e alimentar aqueles que apresentam espontanea vontade ou encaminhados pela justiça. Em seu funcionamento ele não se assemelha a nenhuma ideia médica. É uma instancia de ordem monarquica e burguesa, ligada ao poder real. A igreja nao permanece estranha ao movimento, reformando suas instituiçoes hospitalares, criando congregaçoes que se propoe a finalidades análogas às dos hospitais. Os grandes hospicios são um fato da era clássica: tão universais quanto ela e quase contemporaneos de seu nascimento, na Alemanha cria-se as casas de