Historia da Logica
Capitulo VII
O RENASCIMENTO E O INICIO DOS TEMPOS MODERNOS
Robert Blanché
Jacques Dubucs
São Paulo
2012
1. O adormecimento da lógica
A partir do humanismo do Renascimento fortalece-se um ideal que se chama “honnête homme” que se oporá ao pedante, este pedante é o escolástico, ou o homem com espírito de não poder se libertar dos hábitos contraídos na escola (sendo este o lugar onde a lógica e suas formulas ocupavam um lugar privilegiado). Isso afeta o desenvolvimento da lógica nesse período, onde esta, ainda estava ligada a Antiguidade. Aristóteles foi gravemente comprometido pela influência dos escolásticos fazendo com que Platão voltasse ao seu “lugar de honra”.
Devido a essa situação começam a surgir pensamentos dos escolásticos sobre a lógica e o seu ensino, partindo do silogismo e da teoria da prova para a teoria da argumentação, dialética e retórica. Pretendendo se adquirir um método operativo capaz de guiar a atividade intelectual, em busca da verdade.
No século XVI, Pierre de La Ramée (ou em latim Ramus) inicia sua carreira por lançar um livro “Dialecticae partitiones”, “Aristotelicae animadversione” e “Dialectique” sendo obras que buscavam atacar Aristóteles e à escolástica utilizando de hostilidade e linguagem vulgar.
Outro aspecto desse autor é o fato dele escolher a sistematização da palavra dialética para basear ambas das suas obras. Isso implica no fato de se tratar de conteúdos da lógica com argumentos, disposição e juízo deste. Além de referir que a Dialética esta dividida em duas partes: invenção e juízo; e ao se referir a estas, harmoniza-se com seus interesses e temperamentos.
Apesar de seus muitos trabalhos, sua contribuição para a lógica, propriamente dita, é bastante escassa. Sendo visto por alguns como grande filósofo francês e uteis percussores dos Tempos Modernos e reconhecendo que sua lógica é simplesmente humanista mais apropriada ao Renascimento literário