Historia da enfermagem
No Brasil, a Enfermagem surgiu com elementos exclusivamente do sexo masculino, primeiramente com os índios, nas figuras dos feiticeiros, pajés e curandeiros, que se ocupavam dos cuidados aos que adoeciam em suas tribos, e mais tarde com os jesuítas, voluntários leigos e escravos, selecionados para tal tarefa. No Brasil do século XVI, a
Enfermagem tinha um cunho essencialmente prático, razão pela qual eram extremamente simplificados os requisitos para o exercício da função de enfermeira. Essa condição perdurou até o início do século
XX, sendo que, nesse período não era exigido qualquer nível de escolarização para aqueles que exerciam a profissão e a prática era embasada em conhecimentos puramente empíricos.
No Brasil, Ana Néri, considerada pelo Governo Brasileiro de sua época a Mãe dos Brasileiros e, até os dias de hoje, símbolo da
Enfermagem nacional, tinha como maiores virtudes abnegação, obediência e dedicação, sendo que o Estado Novo institucionalizou seu heroísmo, patriotismo e resignação. Assim, a imagem que permaneceu no país é a de que a enfermeira deveria ser alguém disciplinado e obediente, alguém que não exercesse crítica social, porém socorresse e consolasse as vítimas da sociedade.
A primeira escola de enfermeiras no Brasil surgiu em 1890, nas dependências do Hospício Nacional de Alienados, pela necessidade de formação de profissionais de Enfermagem para tal instituição, pois as irmãs de caridade, responsáveis pelos cuidados aos doentes, haviam abandonado o hospício por incompatibilidade com o seu diretor. Essa escola, chamada Alfredo Pinto, era baseada no modelo da Escola de
Salpetrière e tinha sua organização e direção realizada por médicos.
A Escola Ana Néri, fundada em 1923, foi a primeira no Brasil a ministrar o ensino sistematizado de Enfermagem baseado no modelo nightingaleano, a cargo de enfermeiras americanas e foi pioneira também na exigência de escolaridade mínima para