historia da educação
ROSA, Josineide¹
Resumo: O artigo analisa as diretrizes que nortearam as políticas públicas na educação no governo Vargas que deu ênfase a construção do Estado Nacional e a formação de uma identidade nacional ou a construção da brasilidade. A educação, neste contexto, desempenhava um papel estratégico servindo como veículo de propaganda dos ideais, propagados pelo regime, de construção de um “novo homem” para um Estado Novo. As mudanças empreendidas no período, não buscavam a mobilização das massas, ao contrário, a escola tinha como função “normatizar” as pessoas primando por uma sociedade civilizada e ordeira, por meio de uma educação conformadora.
Palavras-chave: educação, estado nacional, identidade nacional
No contexto internacional do início do século XX, marcado por grandes crises, o modelo liberal torna-se alvo de inúmeras críticas e ganha espaço o Estado intervencionista, tanto no aspecto econômico como no social. Neste período, a intelectualidade brasileira, integrada às questões que se originavam na matriz européia, pensava e propunha alternativas reinterpretando soluções diante do que considerava ser a realidade nacional. A valorização dos traços específicos de cada povo e da história nacional correspondia a uma tendência geral, presente no pensamento europeu, eivado de fortes componentes nacionalistas.
No moderno Estado Nacional a construção da nação, enquanto ideologia política, envolve uma representação ideal de como a sociedade deve ser organizada. Esse ideal pode abranger tanto um projeto a ser realizado como uma justificativa de práticas correntes. Ele pode ser formulado de forma mais ou menos explícita, adquirir maior ou menor saliência na política segundo variações no tempo e no espaço. (REIS, 1988, p. 05)
No caso do Brasil a "nação" como ideologia política apareceu antes mesmo da Independência e estava claramente presente na obra dos doutrinários e políticos