historia da educacao
PEDAGOGIA 3ª Série
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO E DA PEDAGOGIA
ALUNA
“A preservação da memória histórica, a reconstituição do passado e o relato dos acontecimentos não são sempre idênticos em todos os tempos e em todos os lugares.”
Som os feitos de tempo? “O tempo é o sentido da vida”, como disse o poeta Paul Claudel. Estamos inseridos no tempo: o presente ganha sentido quando conhecemos o passado e quando desejamos o futuro. As raízes do presente se fundam no passado.
A natureza humana é mutável, mas, só nos compreendemos dentro de um contexto histórico-social concreto. Por isso, é indispensável que o educador consciente e crítico, seja capaz de compreender sua atuação nos aspectos de continuidade e de ruptura em relação aos seus antecessores, a fim de agir de maneira intencional e não meramente intuitiva e ao acaso.
Para o filósofo Walter Benjamin, rememorar é um ato político, com potencialidades de produzir um “despertar” dos sonhos, das fantasmagorias, para a construção das utopias. Rememorar significa trazer o passado vivido como opção de questionamento das relações e sensibilidades sociais, existentes também no presente, uma busca atenciosa relativa aos rumos a serem construídos no futuro.
Portanto, Benjamin nos oferece um dado conceito de memória, capaz de ampliar a dimensão de ser sujeito – tanto sob o ponto de vista social tanto sob o ponto de vista psicológico. Conceito de memória capaz de dinamizar a visão de produção de conhecimentos, entrecruzando diferentes espaços, diferentes temporalidades, diferentes sujeitos, diferentes visões do mundo (a da criança e a do filósofo, por exemplo). Ao desenhar o perfil da rememoração, configura imagens políticas, as quais implicam no questionamento profundo de práticas de produção de conhecimentos, consolidadas com o avanço da modernidade capitalista. Práticas autocentradas, narcísicas, utilitaristas, hierarquizadoras, excludentes, homogeneizadoras,