Historia da cidade de Ceres
Ao chegar no local determinado, Sayão mostrava determinação. “Ele atravessou o rio, pegou um punhado de terra e disse: “É aqui, este é o lugar da CANG, lugar de terra fértil”, conta Nelson Curado, ex-colono, que ainda hoje, aos 86 anos, se emociana e chora ao lembrar Sayão.
Em 1946 a Colônia contava com 1600 famílias implantadas. Em 1950, a população já era de quase 30 mil pessoas, o que conferia à CANG uma densidade demográfica de 35hab/km. Desse total a zona rural absorvia 93%.
A “Federal” ficava do outro lado do Rio das Almas, oposto à Colônia. Era preciso encontrar um jeito de fazer a travessia. Primeiro, foi providenciada uma balsa, depois construída uma ponte de tambores e em seguida, construída uma ponte semi-pênsil.
Na colônia só ganhava lote quem era casado. Os imigrantes que chegavam de toda parte do Brasil se não eram casados, tinham de casar. Muitos pais deram um jeito também de arrumar marido às pressas para as filhas para garantir um lote. E tinha também aqueles que burlavam as leis. “O povo fazia fila para casar. Muita gente que já era casada, casava de novo”, conta Divina Teles, pioneira de Ceres.
A prefeitura de Ceres foi instalada pelo antigo sub-prefeito de distrito, Geraldo Fonseca de Azevedo, que contou com a colaboração de uma equipe formada por Recenvindo L Barbosa, Carlos R. Leal e Benvinda B Santos.
A primeira eleição municipal em Ceres ocorreu em 1954. O