Hipovitaminose A
CONCEITO
A Hipovitaminose A constitui um quadro de carência especifica de retinol caracterizado pela diminuição ou esgotamento das reservas hepáticas com a consequente redução ou desaparecimento da vitamina A circulante, resultando em manifestações funcionais e morfológicas próprias da deficiência.
Os sintomas e sinais mais típicos predominam em relação ao olho: cegueira noturna, xerose corneal e conjuntival ou lesões mais acentuadas, como a ceratomalacia (Somer, 1995; WHO, 1996).
Os estudos mais recentes sobre a Hipovitaminose A tem como abordagem habitual (as lesões oculares) para os efeitos mais sistêmicos e notáveis, sob o ponto de vista da saúde coletiva como um importante fator de mortalidade. (Rahmathullah ET al., 1994; Sommer, 1995).
INDICADORES
O problema da hipovitaminose em dimensões epidemiológicas pode ser avaliado mediante a utilização de indicadores dietéticos, clínicos, bioquímicos e “ecológicos”, assim denominados os dados secundários que presuntivamente podem ser assumidos como marcadores de risco: a mortalidade infantil elevada, a prevalência alta de desnutrição em crianças, a baixa escolaridade materna, as condições de saneamento e a ocorrência de doenças infecciosas, entre outros (somer, 1995, WHO, 1996).
Classificamente, aceita-se o nível de retinol sérico como expressão dos depósitos hepáticos de vitaminas A e, por extensão, do próprio estado nutricional relativo a este nutriente. Em avaliações populacionais, admite-se que prevalências de níveis sanguíneos de retinol abaixo de 10µg/dL em 5% ou mais dos examinados possam ser consideradas como indicativas de endemicidade.
Outros, propõem que o ponto de corte sugestivo de depleção critica das reservas de vitamina A seja 30µg/dL. Sugere-se, também, utilizar material de necropsia para análise direta da situação de vitamina A nos depósitos hepáticos (Flores et al., 1983).
O PROBLEMA NO BRASIL
Em todo o mundo estima-se que, anualmente,