Hipolipemiantes
INTRODUÇÃO
As dislipidemias são a presença de níveis irregulares de lipídios no sangue. O problema mais comum é a hiperlipidemia, quando há uma elevada taxa de lipídeos no sangue. Em decorrência disto, ocorre o desencadeamento ou agravamento de doenças cardiovasculares. As dislipidemias primárias são devido a predisposição genética e as secundárias devido a outros quadros patológicos, como o diabetes mellitus. O tratamento medicamentoso é essencial para os níveis plasmáticos ideais de colesterol total, HDL e
LDL, no entanto, mesmo a adesão assídua aos medicamentos hipolipemiantes não é o suficiente para garantir estes níveis ideais. Para isso, faz-se necessário uma mudança no estilo de vida, cuidando da alimentação e a prática de exercícios, assim como o abandono de certos hábitos de fumos e ingestão de bebidas alcólicas.
Os hipolipemiantes que auxiliam para o tratamento das dislipidemias estão divididos em sete classes, as estatinas, os fibratos, os ácidos nicotínicos, as resinas sequestradoras de ácidos biliares, ômega 3, a ezetimiba e o probucol. Dentre estes os mais importantes são as estatinas, sendo os demais muitas vezes utilizados como adjuvante desta classe. Os fármacos hipolipemiantes, com exceção das estatinas, serão explanados neste relatório.
1. FIBRATOS OU ÁCIDO FÍBRICO
Os principais medicamentos representantes dessa classe são: bezafibrato, ciprofibrato, clofibrato, etofibrato, fenofibrato, gemfibrozil. São medicamentos usados principalmente para reduzir o VLDL. No nível de HDL não há alteração, mas o de LDL pode aumentar ou diminuir. Como efeitos causam a redução da síntese de triglicerídeos (TG), aumento do catabolismo de VLDL e redução da síntese hepática de colesterol. Os fibratos agem a partir da estimulação dos receptores nucleares ativados de proliferação dos peroxissomas-alfa, os conhecidos PPAR-α, levando ao aumento da produção e da ação da enzima lipase lipoprotéica (LPL) e redução da