HIPERTERMIA

Hipertermia Maligna
INTRODUÇÃO e DEFINIÇÃO
Hipertermia maligna (HM) é uma desordem farmacológica desencadeada por um gatilho, onde um hipermetabolismo da musculatura esquelética provoca alterações bioquímicas, hematológicas e aumento da temperatura; geralmente desencadeada por anestésicos inalatórios (halotano) e BNMs despolarizantes (succinilcolina). Pacientes com HM desenvolvem rapidamente rigidez muscular e aumento da temperatura. Pode evoluir para choque irreversível e morte. A sobrevivência da HM depende do diagnóstico rápido e intervenção precoce. Atualmente com a anestesia venosa e novos fármacos a HM é rara. O uso do Dantrolene colaborou com a diminuição do índice de mortalidade de 70% para menos de 5% (diagnóstico precoce + Dantrolene). Entretanto existem várias regiões que não têm acesso ao Dantrolene.
ETIOLOGIA
Superprodução de calor via metabolismo dos músculos esqueléticos com hipotálamo normal. Em pacientes geneticamente susceptíveis a administração de agentes anestésicos resulta em liberação do cálcio do retículo sarcoplasmático da musculatura esquelética causando rigidez muscular e hipermetabolismo, resultando em produção excessiva de calor.
. INCIDÊNCIA e PREVALÊNCIA
Grandes variações na literatura: 1:14000 a 1:250000 pacientes submetidas à anestesia geral.
Hipertermia maligna fulminante ocorre em 1:250.000 anestesias, aumentando para 1:62000 anestesias quando se considera apenas anestésicos inalatórios e Succinilcolina.
Mais frequente em homens caucasianos e orientais.
Crianças são mais afetadas
APRESENTAÇÃO CLÍNICA
45o C), taquicardia que pode progredir para outras arritmias e hipotensão. A pele adquire coloração avermelhada, depois cianótica e mortificada. Aumenta a produção de dióxido de carbono. Rabdomiólise, falência renal aguda e coagulação intravascular disseminada podem ocorrer rapidamente. Mortalidade 1.4%.Minutos a horas após a exposição a anestésicos o paciente desenvolve rigidez muscular (especialmente espasmo do masseter),